Residência Indiana
Um dos projetos que mais nos traz orgulho foi o desafio de criar o lar de um jovem casal de indianos apaixonados pela natureza brasileira. Eles sonhavam em construir sua casa no cerrado, mas mantendo um vínculo com a cultura indiana, refletido no conceito arquitetônico milenar do Vastu Shastra.
O Vastu Shastra, que significa “ciência da construção” em sânscrito, é uma prática ancestral da Índia, tal como o Ioga e a Ayurveda. Esse conceito, que propõe uma arquitetura holística e integrada, orientou o planejamento do projeto, combinando harmonia com os elementos naturais e uma distribuição espacial voltada para o bem-estar.
Foi uma experiência extremamente gratificante e honrosa integrar os princípios do Vastu Shastra aos conceitos de Arquitetura Vernacular, Biofílica e Bioclimática. O projeto demandou pesquisa e estudo aprofundados, além de adequação às normas brasileiras. Com essa base sólida, conseguimos desenvolver uma residência que prioriza materiais locais e técnicas de construção sustentáveis, respeitando tanto a cultura de origem do casal quanto às características do cerrado, promovendo eficiência energética.
A casa, com cerca de 400 metros quadrados de área construída, está implantada em um terreno de quase 2.000 metros quadrados, levemente inclinado, em um dos bairros mais nobres de Brasília, cercado pela vegetação nativa. Entre os espaços projetados, destacam-se um jardim de inverno, grandes aberturas com vistas deslumbrantes para a paisagem do cerrado e, claro, a Poaja – uma ampla sala de adoração – que era um dos principais desejos do casal.
O resultado é uma residência que atende plenamente os anseios e necessidades dos moradores, integrando-se à natureza e promovendo qualidade de vida e bem-estar. Ver a satisfação da família e o impacto positivo do projeto no ambiente fortaleceu ainda mais nosso propósito de criar arquitetura sustentável e conectada às pessoas.
Nesse texto, buscamos resumir e reforçar, o valor da história e os aspectos culturais e sustentáveis do projeto, e ao mesmo tempo usar uma linguagem acessível e cativante.